12/07/2021 – O presidente do Instituto Butantan , Dimas Covas, afirmou neste domingo (11) que espera a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso da CoronaVac em crianças e adolescentes . Covas informou que os documentos foram apresentados à agência e acredita na eficácia do imunizante para o público.
O SINTSEF-BA festejou a notícia. O sindicato é defensor da vacina, da ciência e do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável por aplicar os imunizantes na população. “Em períodos anteriores de nossa história, as campanhas de vacinação provaram sua eficácia combate a epidemias. Foi assim que doenças como a poliomielite, o sarampo, a varíola, a tuberculose e febre amarela foram controladas e até mesmo erradicadas. Agora não será diferente. É preciso não dar crédito às mentiras divulgadas pelas redes nacionalistas, que semeiam a ignorância e terror, fontes de sustento desse governo genocida”, ponderou Celso Fernandes, Coordenador de Comunicação e Imprensa do SINTSEF-BA.
Ele lembra ainda o alerta das autoridades de saúde em todo o planeta: as vacinas não só protegem as pessoas que as recebem, mas também as pessoas da comunidade que não podem ser vacinadas. “Quem puder, deve ser vacinado. Vacina é vida!”, concluiu.
O Butantan considerou o estudo realizado na China pelo laboratório Sinovac, em que mostra a segurança da vacina em crianças a partir de 3 anos e adolescentes até 17 anos. No entendimento de Covas, a pesquisa é suficiente para a aprovação do uso no Brasil.
“O estudo de segurança em crianças a partir dos 3 anos já está de posse da Anvisa. Até o momento não há uma previsão de vacinação de crianças contra a Covid-19, mas esperamos que seja incorporada essa utilização na autorização de uso emergencial (da CoronaVac) sem a necessidade de estudos adicionais feitos aqui no Brasil”, disse, em coletiva realizada neste domingo em São Paulo.
No dia 28 de junho, a revista científica The Lancet publicou um estudo feito com 552 crianças e adolescentes de 3 a 17 anos, entre outubro e dezembro de 2020, na província de Hebei, China. Os pesquisadores concluiram que a taxa de produção de anticorpos contra o antígeno do coronavírus foi superior a 96% após 28 dias da vacinação com duas doses da CoronaVac.
Em relação à segurança da vacina, as reações adversas foram de leves a moderadas. Apenas 1% dos voluntários apresentaram reação adversa de nível maior e, na maior parte dos casos, foram relatadas dor no local da aplicação (13%) e febre (5%).
(com informações do IG e Reuters)