28/01/2021 – Empregados da EBSERH na Bahia começaram a ser imunizados contra a COVID-19 esta semana, em Salvador. Na terça-feira, 26, trabalhadores da EBSERH, lotados na Maternidade Climério de Oliveira (MCO) tomaram a primeira dose da vacina que está sendo aplicada nacionalmente. Hoje foi a vez dos profissionais do HUPES, a outra unidade de atuação da EBSERH no estado, serem vacinados.
A aplicação da vacina para os profissionais de saúde da EBSERH foi consequência direta da mobilização dos trabalhadores organizados em torno de suas entidades sindicais representativas. Não por acaso, durante a vacinação na MCO, os trabalhadores aproveitaram o registro da ocasião histórica para cobrar as demandas pendentes do setor. Na última reunião da Mesa de Negociação para discutir pautas do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021, representantes da categoria, do SINTSEF-BA e da FENADSEF, entre outras entidades, discutiram com os representantes da Empresa a necessidade de vacinar os trabalhadores que atuam em ambientes hospitalares e portanto estão muito expostos à possibilidade de contágio.
O pedido foi reforçado por um dirigente do SINTSEF-BA, Ubaldo Santana, em uma reunião com gestores da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), que se comprometeram a dialogar com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), responsável final pela logística da distribuição de doses e definição do público-alvo da campanha de vacinação em Salvador. No primeiro momento, em virtude da quantidade insuficiente de doses enviadas pelo Ministério da Saúde para imunizar toda a população, apenas um número muito restrito de profissionais e a população vulnerável puderam ser contemplados.
De hoje a domingo, servidores do HUPES, entre outros profissionais da saúde dos hospitais públicos e contratualizados da rede SESAB e SMS, estão sendo vacinados em regime de drive-thru na Arena Fonte Nova e no Centro de Convenções.
O SINTSEF-BA parabeniza os companheiros da EBSERH pela conquista e reafirma que continuará na luta pela imunização ampla de sua base, não apenas profissionais de saúde. Desde o início da pandemia, o sindicato procurou os gestores dos órgãos que compõem a sua base exigindo melhores condições de segurança e trabalho para o desempenho das atividades.
No deslocamento para o trabalho ou na própria unidade, servidores públicos estão duplamente vulneráveis aos riscos de infecção. Seguem usando transporte público, atuando em espaços com grande concentração populacional e em locais geralmente pouco adequados para impedir a circulação do vírus. Mesmo diante do flagelo da inoperância do governo Bolsonaro, que ainda hoje desdenha de uma pandemia que já matou mais de 220 mil pessoas no país em um único ano, exemplos de unidade na luta, resistência, organização e conquista são importantes e merecem ser celebrados.