22/07/2022 – A herança que o governo de Jair Bolsonaro (PL) vai deixar para os servidores públicos federais civis no final do mandato será quatro anos sem reajuste salarial e desmonte do serviço público em todas as áreas, com prejuízos para o Brasil e os brasileiros.
Já os militares só têm a comemorar o rendimento cada vez maior. Um levantamento realizado pelo economista Daniel Duque, do Centro de Liderança Pública (CLP), aponta que os membros das Forças Armadas tiveram 29,6% de ganho real nos últimos 10 anos, já descontada a inflação acumulada desde 2012, revela reportagem do Brasil de Fato.
Só uma canetada de Bolsonaro, permitiu aos oficiais da ativa que ocupam cargos na administração federal, receber até R$ 78,6 mil por mês. Reportagens da Folha de S.Paulo revelam que entre os militares de alto escalão beneficiados pela portaria estão o próprio Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão (Republicanos) e o general Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral) que, sozinho, passou a ganhar R$ 350 mil a mais por ano.
Por outro lado, os servidores civis amargam uma situação que só haviam vivenciado no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso que, após seis anos sem sequer repor a inflação, concedeu reajuste em 2001, último ano do seu segundo mandato.
Este ano, a categoria fez greves e mobilizações reivindicando 19,99% de reajuste para cerca de 1,2 milhão de servidores federais da ativa e inativos, mas nada conseguiu. O percentual é baseado na reposição das perdas salariais de 2019, 2020 e 2021. A defasagem salarial chega a 33%. A luta agora, que entrou no período eleitoral e o governo não pode mais ficar acenando com reajustes que não pode conceder, é para garantir reajuste no ano que vem, mas os números do Orçamento da União indicam muitas dificuldades.
Na terça-feira (12), o Congresso Nacional aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2023, com previsão modesta de reajustes. Ao salário mínimo, ficou reservada uma margem de apenas 6,7%, muito inferior à inflação de 11,89% acumulada apenas nos últimos 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Já para o funcionalismo público federal, foram reservados R$ 11,7 bilhões para reajustar os rendimentos de todas as categorias, valor que dá para reajustar a folha de pagamento da União em 3%.
Além da queda brutal do poder de compra, os servidores federais enfrentam seguidos cortes e desinvestimento no serviço público, que sofre ainda com falta de profissionais, já que o governo não promove novos concursos.
Fonte: Portal CUT

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