22/05/2023 – Encerrou-se na quinta-feira, 18, em São Paulo, o encontro do Comitê Consultivo Subregional – SUBRAC Brasil 2023. Foi a primeira grande reunião presencial do Comitê da Internacional de Serviços Públicos (ISP) desde a eclosão da pandemia e, além da felicidade de poder reencontrar amigos (as) e companheiros (as) de luta, serviu para ajustar caminhos e indicar novas rotas de enfrentamento aos desafios – cada vez maiores – apresentados para a classe trabalhadora, em especial para trabalhadores e trabalhadoras do serviço público. A CONDSEF/FENADSEF, entidade filiada à ISP, foi representada no evento por seus dirigentes – Erilza Galvão e Edvaldo Pitanga -, que também são coordenadores do SINTSEF-BA.
O evento foi dividido em algumas etapas distintas: no primeiro momento, com as reuniões dos comitês temáticos (mulheres, jovens, LGBTQIA+, combate ao racismo e à xenofobia); na sequência, as reuniões dos representantes das entidades filiadas à ISP; num terceiro momento, foram apresentados os temas relacionados à organização do Congresso Internacional da ISP, como a definição do lema, dos prazos e critérios para a participação das entidades, bem como a indicação dos nomes para ocuparem espaços nos comitês internacionais). A programação ainda incluiu o seminário “Organizando estratégias sindicais para conquistar serviços públicos de qualidade em um novo Brasil”.
Para Erilza Galvão, Erilza Galvão, Coordenadora Adjunta do Coletivo de Combate ao Racismo da ISP-Brasil, Secretária de Gênero, Raça, Juventude e Orientação Sexual da CONDSEF/FENADSEF e Coordenadora de Formação Sindical do SINTSEF-BA, foi gratificante perceber como o plano de ação está sintonizado com os debates que o SINTSEF-BA, a CUT e a CONDSEF/FENADSEF vêm travando direta ou indiretamente em seus diversos fóruns, tais como as mudanças climáticas, a digitalização, a crise do multilateralismo (impostos) e as renúncias fiscais, saúde e cuidados, a inserção das mulheres.
Todos esses temas conduzem ao eixo de sustentação para um mundo mais humanizado, mais justo e solidário, que é o fortalecimento do Estado. “É por essa razão que questões como trabalho decente, justiça social e serviço público gratuito, universal e de qualidade continuam centrais em nossa estratégia de lutas, sempre indicadas como propostas para combater a crise”, pontuou Edvaldo Pitanga, Secretário de Relações Internacionais da CONDSEF/FENADSEF e Coordenador de Assuntos Jurídicos do SINTSEF-BA. Para ele, “o Estado que queremos precisa ser provedor de serviços essenciais como saúde, educação, saneamento, justiça, transporte etc. e isso não se consegue com um serviço público sucateado, ou privatizado, à mercê dos interesses no lucro das empresas”, concluiu.
A ISP tem mais de 100 anos de fundação e é uma das mais fortes e importantes organizações mundiais de defesa do servidor público. A entidade agrega 700 entidades filiadas de diversas partes do mundo, representando 30 milhões de trabalhadoras e trabalhadores que prestam serviços públicos essenciais em 154 países. Trabalha com o sistema das Nações Unidas e em colaboração com entidades da sociedade civil, sindicatos e outras organizações na defesa dos direitos humanos, promoção da justiça social e no acesso universal aos serviços públicos de qualidade.