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SINTSEF-BA tem presença destacada em semana de intensa mobilização em Brasília

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14/02/2020 – Trabalhadores do Serviço Público Federal estão reunidos hoje em Brasília na Plenária Nacional da CONDSEF/FENADSEF. Dirigentes do SINTSEF-BA participam do evento, bem como estiveram presentes na intensa agenda de mobilização do funcionalismo, iniciada na última terça-feira, 11/02, com o lançamento da Campanha Salarial 2020 da categoria.  Com uma reforma Administrativa que deve ser encaminhada ao Congresso Nacional ainda em fevereiro, os representantes dos servidores não foram recebidos nem mesmo para conhecer a proposta. A categoria quer ser ouvida sobre o que tem sido divulgado até o momento e também apresentar a pauta prioritária de reivindicações do setor.

Durante a entrega da pauta de reivindicações no protocolo, uma Comissão de Servidores tentou ser recebida pelo Ministro Paulo Guedes ou por alguém do Ministério da Fazenda, mas novamente não obteve qualquer resposta. Os trabalhadores aproveitaram a oportunidade e realizaram um protesto em frente ao Ministério contra as declarações de Guedes (que ofendeu os servidores ao chamá-los de “parasitas” durante um pronunciamento na sexta-feira, 07). Os parasitas não são os servidores, que precisam enfrentar péssimas condições de trabalho e baixos salários, sem reajustes e com o poder de compra já defasado pela inflação acumulada. Parasitário mesmo é um governo que ataca o serviço público, cortando investimentos e oferecendo serviços cada vez mais precarizados, muito abaixo da demanda que seria apropriada para o atendimento da população.

No dia seguinte, quarta-feira, 12, os trabalhadores do serviço público lotaram o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados em duas atividades distintas. Na primeira, pela manhã, promoveram um ato de preparação para a Greve Geral de 18 de março, em defesa dos serviços públicos e contra as privatizações. Eles voltaram a protestar contra os baixos investimentos públicos nos setores estruturais da sociedade, como educação, saúde e cultura e transporte, entre outros, que têm levado esses serviços a um estado de verdadeira ruína.

À tarde, no mesmo local, eles participaram do seminário “Reforma Administrativa Desmonte do Estado como Projeto”, da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público. Em coro com parlamentares, centrais sindicais e até representantes do setor privado e de estatais, o funcionalismo voltou a repudiar a atual política econômica do governo e a necessidade de traçar estratégias para combatê-la, para o bem do país. A necessidade de fazer com que a sociedade entenda a importância que têm os serviços públicos foi um dos pontos mais constantes nas falas dos participantes.

Os trabalhadores foram solidários à greve dos petroleiros e às mobilizações d dos trabalhadores da Casa da Moeda, Dataprev, Correios e Serpro, empresas públicas também ameaçadas de privatização ou extinção. Na base da Fenadsef, por exemplo, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já teve 27 de seus armazéns fechados. A empresa é responsável por controle de preços, combate à fome, proteção a pequenos agricultores, entre outras políticas sociais e não tem um projeto definido para o futuro.

A privatização é um engodo, denunciam as entidades. A passagem desses serviços para a iniciativa privada reduz investimentos, piora a qualidade dos serviços. Em nome do lucro, a população arca com um aumento nos preços e uma piora nas condições de segurança. As tragédias ambientais da Vale são tristemente exemplares nesse sentido.

Na sequência das atividades, a nova Direção da CONDSEF/FENADSEF foi empossada, teve sua primeira reunião da Direção Nacional em 2020 e na quinta-feira, 13, realizou um Plenária Nacional com sua base. Na pauta, uma sistematização das mesmas questões discutidas nos últimos dias e os preparativos para a Greve Geral do dia 18 de março.

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