03/02/2022 – O SINTSEF-BA foi uma das entidades que marcaram presença com a CUT, no dia de ontem, 02 de fevereiro, na centésima edição da Festa de Iemanjá, em Salvador. A data integra o calendário de festas populares da capital baiana e desde 2020 está registrada como patrimônio imaterial de Salvador. A participação das entidades marca o compromisso com apoio, divulgação e produção de conhecimento cultural acerca da festa.
Depois de dois anos de reclusão por conta da pandemia, a praia do Rio Vermelho voltou a homenagear a Rainha do Mar. Devotos e simpatizantes lotaram as areias e levaram flores e pedidos para o orixá num grande ritual de alegria e fé.
O Governo do Estado também participou das comemorações, com ações integradas das secretarias de Turismo (Setur), de Cultura (Secult), de Políticas Para as Mulheres (SPM), do Meio Ambiente (Sema) e de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi). Foram promovidas ações conjuntas de valorização da tradição que reverencia a divindade do candomblé e da umbanda, acompanhadas de campanha de conscientização ambiental.
Há 100 anos, um grupo de pescadores do bairro Rio Vermelho, em Salvador, oferecia ao mar um balaio repleto de perfumes, flores e enfeites em agradecimento pela fartura de peixes e em saudação à Iemanjá, divindade africana iorubá celebrada em cultos afro-brasileiros, como o candomblé e a umbanda.
O gesto deu origem a uma das festas mais populares do calendário religioso no Brasil, atraindo desde então milhares de devotos e turistas à cidade, considerada a maior comunidade de negros e negras fora de África.
O SINTSEF-BA contribuiu com o balaio, na oferenda da CUT. “A Central me solicitou ser a baiana responsável pelo balaio e fiz a tarefa completa: montei o presente, zelei por ele e levei até o barco”, relatou Erilza Galvão, Coordenadora de Formação Sindical do SINTSEF-BA. Em entrevista à TVT ela explicou ainda que estar na festa de Iemanjá, nesse bairro cultural, cheio de história, num dos centros de religiosidade e da cultura baiana é muito significativo: “é fundamental esse resgate na Bahia, e também nacionalmente, da importância de defendermos as religiões de matriz africana, do respeito a diversidade, as lutas contra a intolerância religiosa, contra a discriminação racial. Independente da questão do credo e de religião, a festa tem esse significado, para revitalizar as forças, sobretudo para fortalecer a democracia, para resistirmos a tudo que queira atacar nossos direitos”, concluiu.
(com informações da TVT e BANTUMEN)




