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Representação da Ebserh nega reajustes e mantém proposta que reduz insalubridade

23/01/2021 – Em uma reunião virtual realizada no último dia 20/01, para tratar do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2021, representantes da direção Nacional da EBSERH mantiveram a proposta de não reajustar salários e benefícios, além de também terem se mantido irredutíveis sobre a proposta que muda a base de cálculo da insalubridade, que pode gerar uma redução de até 27% nas remunerações.

Participaram da reunião representantes da FENADSEF, FNE, CNTS e Comissão Nacional dos Empregados da EBSERH. Os representantes da Empresa informaram que não conseguiram autorização da SEST/Ministério da Economia para apresentar algo que contemplasse as demandas apresentadas pelas entidades sindicais. Essas reivindicações foram deliberadas coletivamente com a participação dos empregados, em resposta à contraproposta da empresa nas negociações do ACT 2020/2021.

Diante da manutenção do impasse, a EBSERH informou que vai entrar com um processo no Tribunal Superior do Trabalho – TST, pedindo a mediação sobre todo o contexto do ACT 2020/2021. Em nota, a FENADSEF pontuou que as justificativas da empresa sobre os reajustes e a insalubridade já foram rejeitadas pelas entidades sindicais e a comissão dos empregados (as). “Vale salientar que a empresa continua se negando a dialogar sobre as propostas colocadas na mesa de negociação pelas entidades, com um total de 65 cláusulas. E que, até o presente momento, está mantendo a rejeição de 52 cláusulas desse montante”, diz a nota.

Diante da situação, as assessorias jurídicas que acompanham o processo de negociação da categoria reuniram-se nesta sexta, 22. O encontro avaliou os procedimentos legais que podem ser adotados nesse caso. A discussão também será levada para debate em assembleias de base que devem ser convocadas por local de trabalho em todo o Brasil.

Na reunião, os representantes dos empregados solicitaram que a gestão da Ebserh convoque uma reunião urgente da Mesa Nacional de Negociação Permanente para buscar solução aos diversos problemas que a categoria tem enfrentado durante a pandemia da Covid-19. Não existe garantia de vacina ao corpo funcional da Ebserh e as condições de trabalho seguem inadequadas. Além disso, a categoria quer que a empresa reavalie a convocação de empregados do grupo de risco que estão sendo chamados ao trabalho presencial.

Nessa lista estão gestantes, lactantes e empregados com idade acima de 60 anos, bem como portadores de doenças crônicas e imunodepressivas. A gestão da EBSERH se comprometeu a conversar com setores técnicos da empresa e agendar uma reunião para fevereiro.

(Com informações da FENADSEF)