13/05/2021 – Nesta quinta-feira, 13 de maio de 2021, trabalhadores da EBSERH, das áreas técnicas e administrativas, iniciaram uma greve nacional por tempo indeterminado. Hoje pela manhã, o SINTSEF-BA visitou as unidades de atuação da Empresa para acompanhar o movimento. Trabalhadores do Complexo HUPES realizaram um protesto na entrada da Hospital. Ontem, 12/05, Dia internacional da Enfermagem, profissionais da área realizaram uma grande manifestação no Farol da Barra para protestar contra a desvalorização dos serviços que prestam, com excessivo volume de trabalho, uma remuneração muito aquém do merecimento e dos riscos que enfrentam durante a pandemia. Visite nosso site e confira fotos desses eventos.
Também ontem a CONDSEF/FENADSEF participou com outras entidades sindicais e representantes da categoria, de uma reunião virtual realizada no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Além de não negociar, a Empresa informou que ajuizou ação de Dissídio Coletivo de Greve no próprio TST. A CONDSEF/FENADSEF aguarda ser comunicada oficialmente para se manifestar.
Em fevereiro último, as negociações em torno do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021 completaram um ano sem avanços. Além de não apresentar qualquer proposta de reajuste, a EBSERH manteve a posição de alterar o indexador de cálculo da insalubridade para o salário mínimo.
Atualmente, a insalubridade é paga sobre o salário base do empregado. Na prática, a mudança equivale a reduzir o salário dos trabalhadores em índices que chegam a 27%. A ideia chega a ser afrontosa, se pensarmos que estamos falando de pessoas que atuam na linha de frente da batalha contra o Covid-19, expostas diariamente aos riscos de infecção. Dados do Ministério da Saúde divulgados em março deste ano apontam que pelo menos 484.081 profissionais de saúde foram infectados pelo novo coronavírus. Desses, 470 morreram. É 1,3 morte por dia, ou uma a cada 19 horas —e isso antes da semana mais mortífera da doença no Brasil.
Os trabalhadores seguirão na luta. Para Pedro Moreira, Coordenador Geral do SINTSEF-BA, a greve é um instrumento legítimo de luta: “Queremos um espaço de negociação legítimo, onde nossas propostas possam ser ouvidas e onde nossos direitos não sejam atropelados. Servidor público valorizado garante um serviço público de qualidade, fundamental para o desenvolvimento do Brasil com a justiça social e distribuição de renda de que tanto precisamos”, concluiu.