(Foto: Mario Hashimoto/Sindsep-MT)
31/08/2023 – Servidores federais protestaram diante do anúncio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) de que o governo disporá de apenas R$1,5 bilhão para atender a todas as demandas da categoria em 2024. Na prática, isso inviabiliza demandas históricas do setor, como aumento salarial, benefícios e reestruturação de carreiras.
A notícia divulgada durante reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) desta terça-feira, 29, frustrou os representantes das entidades que aguardavam resposta do governo sobre a pauta econômica da categoria que amarga perdas salariais nos últimos anos superiores a 30%.
“Na prática, infelizmente, não existe possibilidade de discutir recomposição neste cenário”, pontuou Pedro Armengol, diretor da Executiva Nacional da CUT e da Condsef/Fenadsef. No universo de 1,2 milhão de servidores, entre ativos, aposentados e pensionistas, com esse aporte apresentado pelo governo uma proposta de recomposição não chegaria nem a 1%. “Sem mobilização essa realidade não será alterada”, adiantou Armengol.
De acordo com o secretário de Relações de Trabalho, José Lopez Feijoó, o objetivo do governo é trabalhar para ampliar os recursos disponíveis. Mas o debate de um aditivo estaria atrelado a uma mudança no cenário de arrecadação esperado para o segundo semestre.
Para Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef, o montante informado pelo governo para investimento no funcionalismo está muito aquém do necessário para o debate de reconstrução do Estado brasileiro, uma das bandeiras centrais de campanha que ajudou na recondução do presidente Lula ao seu terceiro mandato.
Em nota, a Condsef/Fenadsef advertiu que o setor precisa ficar atento e que as entidades vão construir um calendário de mobilização para disputar o orçamento. “Nós lutamos muito para mudar o cenário político brasileiro, mas as políticas públicas não irão avançar com essa proposta apresentada hoje”, destacou o secretário-geral. O SINTSEF-BA acompanhará o calendário de atividades e está a postos para participar da construção dessa luta por aporte orçamentário para 2024. Vamos lutar para avançar!
(via Condsef/Fenadsef)