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Exoneração de Mandetta atende à política de morte do governo Bolsonaro

  • Governo

Contudo, ninguém adere a um projeto fascista como o do governo Bolsonaro impunemente e não precisamos ir muito longe para descobrir no currículo do ex-ministro ações nocivas ao país: enquanto deputado filiado ao DEM, foi um ferrenho defensor do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, posicionou-se contra os médicos cubanos e votou a favor do Teto de Gastos, que tirou bilhões do orçamento anual do SUS.

O despreparo do presidente do Brasil para lidar com a pandemia vem chamando à atenção até mesmo da imprensa internacional. O tradicional jornal norte-americano Washington Post classificou Jair Bolsonaro como o pior líder global, que minimiza o coronavírus. Por diversas ocasiões, ele mostrou desdenhar das orientações técnicas e científicas a respeito da pandemia: opôs-se ao confinamento recomendado pela Organização Mundial de Saúde, passeou entre aglomerações cumprimentando seus apoiadores e chegou a classificar de “gripezinha” a doença que já matou cerca de 141,5 mil pessoas pelo mundo em menos de 6 meses.

É evidente que o sistema de saúde de nenhum país está preparado para uma aceleração dos níveis de contágio. Por isso é tão importante, manter as medidas de isolamento social, atualmente o método mais eficaz para conter a disseminação do vírus. Mas o novo ministro já mostrou que tem o pensamento eugenista, alinhado à necropolítica de Bolsonaro. Em um pronunciamento num evento de oncologia, em 2019, Nelson Teich salientava a importância de se “fazer escolhas” na saúde: “se eu tenho uma pessoa que é mais idosa, com idade mais avançada e para ela melhorar eu vou gastar o mesmo dinheiro que com um adolescente que vai ter a vida inteira pela frente e a outra é uma pessoa idosa, qual vai ser a escolha?”.