06/11/2024 – A CUT terá presença de destaque no G20 Social, evento que acontece de 14 a 16 de novembro no Rio de Janeiro e que reúne movimentos populares dos países que compõem o G20. A importância histórica do evento foi destacada pelo presidente nacional da Central, Sérgio Nobre, em entrevista especial para o Podcast Estudio CUT. O programa que estreou nesta segunda-feira (4) será semanal e trará a cada edição, um tema de grande relevância para a classe trabalhadora.
Nesta primeira conversa, o dirigente explicou o papel do G20 Social e ressaltou que, no Brasil, será inovador já que a participação dos movimentos passa a ser “institucional”. Em anos anteriores as atividades eram realizadas de forma não oficial.
O G20 Social, uma iniciativa que teve origem em 2009, durante o segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, é composto por 13 grupos de engajamento temáticos que discutem as pautas de cada setor, com o objetivo de fazê-las incidir nas decisões políticas dos líderes do G20. “Não tem sentido os líderes dos 20 países mais ricos do mundo se reunirem, discutirem a pauta econômica e não debaterem os problemas do mundo, da sociedade, como o emprego, o combate às desigualdades. Sempre que o G20 ocorreu em outros países, a classe trabalhadora, os movimentos sociais, os movimentos populares ficaram à margem, tiverem de organizar atividades paralelas não reconhecidas pela organização do G20 para poder ter voz e fazer o contraponto à pauta dos líderes”, afirmou o presidente nacional da CUT.
Entre os grupos que debatem pautas temáticas no G20 Social, está o do trabalho. Chamado de L20, cuja sigla se refere à palavra Labour (trabalho em inglês), o grupo é coordenado pela CUT. O L20 representa os interesses dos trabalhadores ao nível do G20. Reúne representantes dos sindicatos dos países do G20 e das Federações Sindicais Internacionais, sendo coordenado pela Confederação Sindical Internacional (CSI) e pelo Comitê Consultivo Sindical (TUAC-CSC) da OCDE.
Na entrevista, Sérgio Nobre resumiu quais serão as demandas a serem destacadas no evento. “As propostas que vamos apresentar são de pensar o planeta – combater a desigualdade no planeta, gerar emprego. Então, por exemplo, o movimento sindical vai apresentar uma proposta muito interessante que é a geração de 575 milhões de novos empregos formais no até 2030 e também a formalização de um bilhão de empregos no mundo todo também até 2030”, conta o presidente da CUT, explicando que e a ideia é apresentar essas propostas ao presidente Lula para que ele as coloque no seu discurso com os líderes mundiais.
“Vai ser extraordinário. É uma coisa nova. A nossa luta, historicamente, sempre foi pensar no país. Agora, O G20 Social nos dá a oportunidade discutir o planeta. É uma oportunidade que os movimentos brasileiros contribuíram muito”, disse o dirigente.
Confira no Youtube a entrevista completa com Sérgio Nobre:
(Fonte: CUT}