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Caminhada do Retorno dos Mártires é inspiração para as lutas coletivas 

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04/11/2024 – Nesta sexta-feira, dia 8 de novembro, às 14h, na Praça da Piedade, em Salvador, acontecerá a II CAMINHADA DE RETORNO DOS MÁRTIRES DA REVOLTA DOS BÚZIOS. Foi exatamente numa sexta-feira, em 8 de novembro de 1799, que quatro jovens negros (Luiz Gonzaga, João de Deus, Lucas Dantas e Manuel Faustino) saíram da antiga Cadeia Pública (atual Câmara de Vereadores) em direção à Praça da Piedade onde foram enforcados e esquartejados, condenados por terem ousado sonhar com a “Independência do Continente do Brasil”, uma “República Democrática” e “o Fim da Escravidão”.

225 anos depois, entidades sindicais, movimentos sociais e populares sairão outra vez da Praça da Piedade para, simbolicamente, trazer de volta a memória desses Mártires, hoje HERÓIS nacionais. Não mais para os subterrâneos da Cadeia Pública e sim para o plenário Cosme de Farias, na Câmara Municipal de Salvador, onde será realizada uma Sessão Especial celebrando o DIA MUNICIPAL EM MEMÓRIA DOS MÁRTIRES DA REVOLTA DOS BÚZIOS.

Também conhecida como Conjuração Baiana, Revolta dos Alfaiates ou Inconfidência Baiana e ainda Revolta dos Argolinhas, o movimento foi um dos primeiros no Brasil a ter caráter emancipacionista, republicano e abolicionista, que reuniu pessoas de diversas classes sociais.

A participação de escravos e seus descendentes, negros, pardos, soldados, pequenos comerciantes e alfaiates foi fundamental para o levante que teve como objetivo reivindicar do domínio português direitos de igualdade social e econômica.

O SINTSEF-BA apoia a iniciativa por acreditar que as lutas coletivas – do passado, de agora – são fundamentais para os avanços que ainda buscamos em nossa sociedade. A história do Brasil é permeada por movimentos dessa natureza que, embora muitos tenham sido derrotados, deixaram legados e sementes. As manifestações por liberdade devem continuar buscando construir um tempo novo e melhor.

Venha com roupa branca, nesta caminhada histórica de CIDADANIA e REPARAÇÃO.

(informações: Antonio Olavo e Fundação Pedro Calmon)

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