21/10/2021 – Foi aberta oficialmente na noite da última quarta-feira, 20, a 16ª Plenária Nacional da CUT realizada via Zoom, totalmente virtual pela primeira vez. Com o mote Organização e Unidade para Lutar – pela democracia, pela vida, contra os ataques aos direitos da classe trabalhadora -, a solenidade de abertura contou com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O movimento sindical brasileiro precisará se reinventar na sua forma de atuação futura, avaliou o ex-presidente Lula. Os desafios dos trabalhadores – ainda maiores no pós-pandemia, com altas taxas de desemprego e de informalidade, ataques aos direitos e aumento da pobreza e da miséria – foram destaque nas falas de Lula, do presidente e da secretária-geral da CUT, Sérgio Nobre e Carmen Foro, do secretário-geral da Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), Rafael Freire, e da secretária-geral da Confederação Sindical Internacional (CSI), Sharan Burrow.
A situação dos servidores públicos não é muito diferente, em um cenário que mistura crises administrativas, cortes bilionários em ministérios estratégicos ao desenvolvimento do Brasil, ausência de verba para civis no orçamento. Além da Emenda Constitucional (EC) 95/16, publicada ainda com Michel Temer na Presidência, que congela investimentos públicos por vinte anos, o governo Bolsonaro fará de tudo para aprovar a Reforma Administrativa (PEC 32/2020), que aniquila o modelo de serviço público que conhecemos.
A Condsef/Fenadsef ainda aponta as incoerências no discurso de austeridade do ministro da economia Paulo Guedes quando verifica a postura adotada para outras categorias. Em anos anteriores, o governo vetou reajuste para servidores civis assumindo que militares estavam assegurados. Vale lembrar que a própria reforma da Previdência proposta pelo governo para militares foi acompanhada de uma reestruturação na carreira que previa percentuais de reajuste acima da inflação. Sem esquecer dos reajustes autorizados a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com 32 anos de luta em defesa dos servidores e serviços públicos, o SINTSEF-BA sabe que o caminho que sempre nos garantiu avanços e conquistas foi o da mobilização e da unidade. Não vamos aceitar esse cenário e vamos lutar para assegurar o reconhecimento e a valorização dos servidores e serviços públicos.
(Fonte: CUT Nacional)