14/03/2022 – Trabalhadores do Serviço Público Federal decidirão em assembleias nos próximos dias se acatam ou não a proposta apresentada oficialmente ontem pelo governo para reajuste emergencial do funcionalismo a partir de 1º de maio. O índice passou de 7,8% para 9%, um pequeno avanço em relação ao apresentado anteriormente, além de mantidos R$ 200 a mais no auxílio-alimentação e outros pontos sem impacto orçamentário (confira a íntegra em anexo). Porém o governo anunciou que a proposta, considerada limite, dificilmente será encaminhada por Medida Provisória.
A sinalização é de que será necessário encaminhar Projeto de Lei ao Congresso Nacional para assegurar o reajuste emergencial. Antes disso, porém, o texto será avaliado pelas bases das entidades filiadas à Condsef/Fenadsef, que representam 80% do total de servidores do Executivo Federal, entre ativos, aposentados e pensionistas. O SINTSEF-BA já agendou a sua assembleia geral: será feita de modo virtual na quinta-feira, 16 de março, às 15 horas e contará com a participação da Supervisora Técnica regional do DIEESE-BA, Ana Georgina. A assembleia será transmitida também pelo Facebook do SINTSEF (www.facebook.com/sintsef ) e canal do Youtube (https://youtube.com/@sintsefbahia884 ). Para participar, basta clicar no link Zoom https://us02web.zoom.us/j/84539990772?pwd=ZWY5M0RUUU9qakRST2x2M3NYMnZXdz09 (ID da reunião: 845 3999 0772 Senha de acesso: 060128).
Para José Ubaldo Santana, Coordenador Financeiro do SINTSEF-BA, os trabalhadores precisarão ampliar a mobilização para debater a proposta e depois fazer com que ela seja implementada no prazo indicado. “Mesmo com um índice ainda muito aquém do que seria necessário para recuperar o poder de compra do funcionalismo, é um avanço inegável em relação ao governo anterior”, ele observa.
A herança maldita que o governo de Jair Bolsonaro deixou para os servidores públicos federais civis em seu mandato foi de quatro anos sem reajuste salarial e desmonte do serviço público em todas as áreas, com prejuízos para o Brasil e os brasileiros. Com a proposta de reajuste, o governo atual, pelo menos, dá sinais de que entende o cenário calamitoso que a categoria enfrenta e que não é possível continuar como está. Se a meta do governo é garantir a mudança da qualidade de vida no país, como tem reiterado o presidente Lula, é preciso valorizar o serviço público e seus trabalhadores e trabalhadoras.