14/10/2020 – O Dia da Consciência Negra, 20 de Novembro, se aproxima, e as entidades que defendem e acreditam na construção de um país mais justo e igualitário propõem ações de diversas naturezas, inclusive revisitando a história com um novo olhar, descobrindo o papel de protagonistas esquecidas nas lutas por liberdade. Uma dessas ações acontece nesta sexta-feira, 16, organizada por uma entidade parceira do SINTSEF-BA, a CONEN – Coordenação Nacional de Entidades Negras. A setorial CONEN-MULHER promove um WEBNÁRIO MARIA FELIPA, REBELDIA DA MULHER NEGRA, focado nas diversas bandeiras de luta da sociedade, principalmente na temática da mulher.
O evento é em parceria com a Escolado Legislativo da Câmara Municipal de Salvador e será transmitido das 15h às 17h por meio virtual, pelo Facebook e plataforma Zoom e também pela TV e Radio Câmara. A ideia é prestar as devidas homenagens a essa heroína negra da Independência, que durante muito tempo ficou esquecida pela historiografia oficial, incluindo sua ausência nas comemorações oficiais do 2 de julho.
Participam do evento políticos, professoras, acadêmicos, artistas e lideranças sociais. Confira a lista: Prof. Eny Kleyde Vasconcelos De Farias/Autora Do Livro “Maria Felipa De Oliveira – Heroína Da Independência Da Bahia”; Deputada Lídice Da Mata /Autora Da Lei Que Consagrou Maria Felipa Como Heroína Nacional; Tereza Valadares Coelho / Associação Maria Felipa (Itaparica); Gildete Clarinda Das Virgens Silva / Casa De Maria Felipa (Curuzu /Liberdade); Prof. Sandra Oliveira / Centro Educacional Maria Felipa (Engenho Velho De Brotas); Prefeita Marlylda Barbuda Dos Santos / Prefeita Do Município De Itaparica; Prof. Railda Machado Tancredo Neves / Escola Municipal Maria Felipa (Tancredo Neves/Beiru); Prof. Barbara Carine Pinheiro / Escolinha Municipal Maria Felipa (Federação); Filomena Modesto / Artística Plástica, Recompôs o Rosto de Maria Felipa; Claudio José Gomes / Venerável Mestre da Loja Maçônica Maria Felipa De Oliveira em Itaparica; Artista Olivia da Cor De Ébano; Cantora Rita Braz ; Poeta Zezão Pereira.
Como as demais atividades agrupadas em torno da pauta do Novembro Negro, haverá destaque para a importância desse mês na luta contra o racismo. A luta por representatividade passa também pela ocupação dos mais diversos espaços políticos para debater e discutir pautas afirmativas. Sobretudo em tempos de retrocesso, como os que vivemos no Brasil, com um governo eleito sob um discurso assumidamente racista e intolerante de modo geral. Mais do que nunca, precisamos revelar a outra história do Brasil, retirar os verdadeiros heróis e heroínas da invisibilidade, mostrando a força da participação popular em seus momentos decisivos, em especial dos negros e negras que constituem a maioria da nossa população.
Fonte: CONEN