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Pesquisa do Dieese mostra força das negociações salariais em 2020

13/10/2020 – Uma pesquisa do DIEESE (clique no link para acessar https://bit.ly/3daVjyt ), com base em dados registrados no Mediador, do Ministério da Economia, mostra o poder da resistência dos trabalhadores durante as negociações salariais. Os dados revelam que em 2020, mesmo com o país enfrentando uma pandemia e os impactos da catastrófica política econômica do governo Bolsonaro, elevando as taxas de recessão e desemprego, houve ganho real nos salários de até 43% das categorias com data-base entre janeiro e agosto de 2020.

Além disso, nos 4.938 reajustes salariais de categorias analisados, 29% dos percentuais resultaram em acréscimos iguais à inflação e 28% em perdas reais, com base na variação da inflação desde o último reajuste de cada categoria pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE. Ainda assim, a variação real média dos salários em 2020, até o momento, é ligeiramente negativa: – 0,07%

O DIEESE salienta que, apesar das perdas, na média, as categorias que alcançaram reajustes em 2020 conseguiram repor a inflação, resultado importante, levando em conta o cenário complicado do ano.

A negociação salarial é um direito de toda a classe trabalhadora. Dependendo de sua abrangência, poderá tratar de todas as questões relacionadas ao mundo do trabalho, como cargos, salário, condições de trabalho, saúde e política de recursos humanos. A negociação também precisa ser definida livremente pelas duas partes.

É inegável, contudo, que o trabalhador seja a parte mais vulnerável na mesa de negociação. Por isso é importante garantir nelas a representação sindical. Sobretudo após a Reforma Trabalhista entrar em vigor, instituindo o sistema onde o negociado prevalece sobre o legislado: o que for negociado através acordos e convenções coletivas de trabalho predomina sobre a lei.

O SINTSEF-BA, que foi às ruas protestar contra a aprovação da Reforma Trabalhista, defende que direitos não podem retroagir e as negociações existem justamente para ampliá-los ou, quando não for possível, discutir coletivamente a melhor maneira de assegurá-los.

Fonte: DIEESE