23/10/2020 – Na próxima quarta-feira, 28 de outubro, quando se comemora o dia dos servidores públicos no Brasil, o SINTSEF-BA estará na mobilização das Centrais sindicais com foco na derrubada da proposta de Reforma Administrativa que tramita no Congresso Nacional.
O sindicato tem participado, nos últimos dias, das reuniões preparatórias da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para a construção de uma manifestação de rua, em Salvador, em local e horário a ser definido. Os dirigentes sindicais também conversaram com as lideranças dos órgãos que estão funcionando presencialmente (alguns ainda estão fechados por conta da pandemia) para discutirem a melhor forma de adesão ao protesto.
“As entidades estão empenhadas em derrotar mais essa Reforma que retira direitos dos trabalhadores e aprofunda o desmonte do Estado no Brasil”, alerta Pedro Moreira, Coordenador Geral do SINTSEF-BA.
Para a CUT, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32/2020, conhecida como a reforma Administrativa é apresentada como uma solução mágica para reduzir gastos dos Estados, mas representa, na verdade, mais uma forma de ataque do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) a serviços públicos fundamentais em áreas como saúde e educação e aos servidores de todo o país.
“Os principais argumentos para a reforma são de que o Estado é ‘inchado’ e de que, em nome de uma modernização, é necessário reduzir o número de servidores que, de acordo com o governo, têm salários altos. Na verdade, os altos salários, pagos a juízes, procuradores e militares, não serão afetados pela reforma, mas isso eles não dizem”, explica a Central.
Um levantamento feito pelo Dieese mostra que 53,1% dos servidores públicos ganham até 4 salários mínimos (R$ 4.180,00). Eles trabalham em áreas como a saúde, assistencial social, educação, serviços e administrativa.
Mas, para confundir a sociedade, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defende sua reforma insultando os trabalhadores e trabalhadoras a quem chegou a chamar de parasitas, marajás e até chegou a pedir, em coletiva de imprensa, que os servidores não ‘assaltassem o Brasil’, na tentativa de convencê-los que não deveriam ter reajuste salarial até o fim de 2021.
(com informações da CUT)