06/09/2022 – O Grito dos Excluídos, tradicional manifestação na semana da pátria, chega à sua 28ª edição em 2022. Ao contrário das manifestações golpistas também programadas para a data, o Grito tem como pautas prioritárias a defesa da vida, da democracia, da igualdade de oportunidades e a luta por direitos. Por isso, nada mais natural que em 2022, o eixo central dos protestos que acontecerão em todo o país aborde os 200 anos da proclamação da independência no Brasil e questionando: Independência para quem? Em Salvador, o SINTSEF-BA estará junto à CUT, centrais sindicais e entidades progressistas nas ruas de Salvador a partir das 9h, saindo do Campo Grande, centro da capital baiana.
O SINTSEF-BA, assim como a CONDSEF/FENADSEF e suas entidades filiadas, apoiadas pela CUT, leva às ruas as demandas dos trabalhadores do serviço público, como a luta contra a privatização, o desmonte e o autoritarismo. “Nossa luta é por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda e estas políticas públicas fundamentais precisam de um serviço público fortalecido, gratuito e de qualidade para executá-las”, afirma Pedro Moreira, Coordenador Geral do SINTSEF-BA. 2022 é mais um ano emblemático em que o Brasil se depara com um momento crucial em que vai escolher que futuro deseja para seu povo.
“É um chamado ao povo brasileiro, no dia em que se comemora uma ‘independência formal’, para lembrar que essa independência ainda não foi conquistada plenamente”, explica a secretária de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais da CUT Nacional, Janeslei Albuquerque. O objetivo é refletir sobre a trajetória do Brasil e de sua população mais pobre – população que ficou fora do centro das políticas da maioria dos governos ao longo desses 200 anos.
“A cada 7 de setembro, o Grito dos Excluídos vem para lembrar que o Brasil ainda não garantiu os direitos de cidadania à maioria da nação. São pessoas que fazem parte da sociedade, mas não usufruem dos direitos básicos de cidadania”, destacou a CUT em nota. Os direitos nunca foram concessões das elites do país e sim fruto de muita luta da classe trabalhadora e dos povos excluídos, que ocuparão as ruas na próxima quarta-feira.
Por isso o SINTSEF-BA não se furtará às suas responsabilidades e estará com o povo nas ruas para reforçar a defesa e construção de um projeto popular para o país, em que as populações mais vulneráveis estejam, de fato, no centro de políticas de desenvolvimento.