Pescadores e ambientalistas ocupam sede do IBAMA na Bahia
22/10/2019 – Pescadores, marisqueiras e seus familiares ocuparam a sede do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) na manhã desta terça-feira, 22. O movimento conta com o apoio de ONGs, ambientalistas e a solidariedade de entidades sindicais, como o SINTSEF-BA. O grupo de cerca de 300 pessoas protesta contra o descaso do Ministério do Meio Ambiente em acionar medidas de contenção para a mancha de óleo que continua chegando às praias do nordeste brasileiro.
Os manifestantes Além do recebimento antecipado do seguro-defeso, eles exigem providências relacionadas à proteção dos manguezais e produtos adequados para o recolhimento do óleo, como luvas, chapéus de proteção, camisas, botas, máscaras e também materiais de limpeza após a coleta. Novas reuniões com o Superintendente Regional do órgão e uma coletiva de imprensa estão previstos para hoje à tarde.
Munidos de faixas e cartazes, os manifestantes chegaram à sede do IBAMA por volta das 9h da manhã e se espalharam pelas salas e corredores do órgão. O ministério da Marinha calcula que cerca de 900 toneladas de óleo já foram recolhidos no litoral nordestino. As origens do material ainda não foram identificadas. Depois das queimadas na Amazônia e do desastre de Brumadinho, o caso é mais uma tragédia ambiental de grandes proporções sob a reponsabilidade direta do governo Bolsonaro. 9 estados e mais de 2 mil quilômetros de praias do país foram atingidos até o momento. O Ministério do Meio Ambiente é acusado de negligência, por não ter acionado, imediatamente, o plano de contingência que o País detinha para lidar com situações como essa.
Em abril deste ano, o governo extinguiu diversos conselhos de administração, desenvolvimento e acompanhamento de políticas públicas, incluindo os dois comitês que integravam o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo em Água (PNC), instituído em 2013.