10/03/2025 – A Marcha das Mulheres 8M 2025 aconteceu mais uma vez no último sábado, 08 de Março, em diversas localidades do país. Em Salvador, a manifestação de resistência e luta das mulheres agregou diversas entidades e centrais sindicais, como o SINTSEF-BA e a Central Única dos Trabalhadores da Bahia (CUT-BA), e movimentos sociais na Avenida Oceânica, na Barra. O tema da campanha deste ano foi “Vivas, livres e sem medo”, que remete ao combate ao feminicídio, o direito à cidade e ao bem viver.
Segundo dados divulgados pelo jornal Folha de São Paulo, 4.395 mulheres atendidas na rede de saúde após serem vítimas de agressão não letal por armas de fogo em 2023, ao menos 35% tinham atendimentos anteriores de violência doméstica praticada pelo agressor —que, na maioria das vezes, eram maridos, namorados, ex-parceiros ou parentes e amigos. Outra pesquisa alarmante, divulgada pelo Jornal O Globo, revelou que, em 2023, 3.946 mulheres foram mortas no país, e metade delas foi assassinada com arma de fogo. As mulheres negras foram as maiores vítimas, com uma taxa de homicídio de 2,2, contra 1,1 de mulheres não negras. Os dados foram divulgados na pesquisa Pela Vida das Mulheres: o papel da arma de fogo na violência baseada em gênero, feita pelo Instituto Sou da Paz, que destaca que 72% das vítimas são mulheres pretas e pardas e 26,6% brancas. Quando se consideram as mortes de adolescentes, as meninas negras representam 80% das vítimas.
Por isso é cada vez mais urgente reforçar a luta e a defesa da vida de todas as mulheres. Como os dados acima indicam, o combate ao racismo, ao machismo e toda forma de intolerância não podem ser isolados deste debate. As manifestações populares são importantes, pois levam essas e outras pautas às ruas, fazem-nas chegarem às mulheres que não são militantes, que não estão informadas sobre as pautas reafirmando o compromisso com a equidade, o respeito e a justiça social.
Recentemente, no âmbito do serviço público, obtivemos uma vitória importante nesse sentido. Após uma mobilização de anos, a CONDSEF/FENADSEF participou da cerimônia de assinatura do Parecer Vinculante pela AGU e Presidência da República que oferece o direito de remoção àquelas servidoras vítimas de violência doméstica. Por enquanto, apenas os órgãos regidos pelo Regime Jurídico Único são contemplados, mas a implantação abre um precedente importante para que, no futuro, o direito também seja estendido às trabalhadoras do serviço público regidas pela CLT. Confira a seguir videos sobre essa conquista com a explicação da Coordenadora Geral do SINTSEF-BA, Erilza Galvão, e leia mais a respeito clicando em https://sintsef.org.br/pareceres-vinculantes-ampliam-protecao-a-mulher-e-a-primeira-infancia/. Confira também imagens da participação do SINTSEF-BA na Marcha das Mulheres em Salvador, no último dia 08/03/2025.
Erilza Galvão, Coordenadora Geral do SINTSEF-BA, fala sobre os Pareceres Vinculantes da AGU e Presidência da República que oferecem direito à remoção às servidoras vítimas de violência doméstica.
Fonte: @tributoaelas
