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João Felício, presente!

  • Pêsames

19/03/2020 – O SINTSEF-BA comunica, com profundo pesar, o falecimento do companheiro João Felício, ex-presidente nacional da CUT e da Confederação Sindical Internacional (CSI), nesta quinta-feira (19), em São Paulo.

João Felício iniciou sua militância política e sindical nos anos 1970, em 1977, participou das mobilizações dos professores, da luta por melhores condições de vida e salário, contra a ditadura militar e pela conquista da APEOESP – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, onde também chegou a ser presidente.

Formado em Desenho e Plástica, Educação Artística e História da Arte, foi professor de Desenho em São Paulo, na rede oficial de Ensino Estadual,  era um dos mais notórios ativistas em prol da Educação. Sua história de lutas coincide com momentos importantes da defesa dos valores democráticos e de mais direitos no país, aos quais sempre esteve presente e/ou diretamente vinculado.

Esteve à frente das lutas pelo protagonismo cutista e da unidade do movimento sindical brasileiro, desempenhado papel fundamental para o avanço de um projeto de inclusão social em nosso país. Em sua ampla trajetória e protagonismo nas lutas, podemos destacar alguns exemplos, como a participação do processo que resultou na fundação da CUT, em 1983. Em 1984 participou da Campanha das Diretas-Já e da greve dos professores durante o Governo Montoro, quando a APEOESP chegou a realizar assembleias com mais de 50.000 professores.

Foi um dos destaques da luta por uma nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional. Em 1994 foi eleito para Direção Executiva Nacional da CUT, indicado pelos professores do Brasil. Em 1997 foi eleito Secretário Geral Nacional da CUT e membro do Diretório Nacional do PT. Em 2000 assumiu a presidência nacional da CUT. Em 2005, retorna à Presidência da CUT Nacional, após a saída do Luiz Marinho que assumiu o Ministério do Trabalho. Em 2014 foi eleito presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI). Felício foi o primeiro latino-americano a presidir essa importante central internacional.

Sua caminhada foi intensa, diversificada, importante e não se resume apenas aí. Mas seu principal legado é a visão de que devemos reforçar a luta com uma ação pela base, de enfrentamento à globalização neoliberal, com resistência e mobilização contra o desemprego e a retirada de direitos, indo além dos temas relacionados ao mundo do trabalho.

O velório ocorrerá à partir das 14h, no cemitério do Araçá, em São Paulo, e o sepultamento ocorre às 17h no mesmo local.

(com informações da CUT)

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