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Centrais sindicais lançam proposta conjunta para o enfrentamento do covid-19 e evitar que trabalhadores sejam penalizados

17/03/2020 – A quarta-feira, 18, será um Dia Nacional de Lutas em defesa dos serviços públicos, contra as privatizações, por empregos, direitos e por democracia. As atividades de rua foram suspensas e o SINTSEF-BA estará fechado, em sintonia com as medidas de contenção da pandemia do Novo Corona Virus emitidas pelas Secretarias de Saúde do Estado e do Município, mas segue convocando os trabalhadores de sua base a se mobilizarem da forma que puderem na data. Como lembra a CONDSEF-FENADSEF, dezenas de categorias confirmaram adesão com greve e paralisação de atividades e até mesmo protestos nas redes sociais. Apenas um setor votou para permanecer com 100% da sua força de trabalho: os servidores da área da Saúde, que optaram por seguir contribuindo com força total no desafio de conter a crise do Novo Coronavírus

Ontem, 16, as centrais sindicais reuniram-se em São Paulo para avaliar o cenário político e econômico do país. Representantes da CUT e de mais outras nove centrais elaboraram um documento conjunto (veja no anexo) que será entregue ao Congresso Nacional nesta terça-feira (17), contendo propostas que orientam trabalhadores e empresas a enfrentarem a pandemia. As propostas incluem estabilidade a todos os trabalhadores e trabalhadoras durante o período da crise, ampliação do seguro-desemprego, suspensão de atividades onde houver confirmação de casos e jornadas alternativas para evitar aglomerações. Confira a íntegra do documento no anexo.

Os sindicalistas voltaram a defender a necessidade de que manter suporte aos trabalhadores neste momento, não somente no que diz respeito à prevenção e cuidados com a saúde, mas também para garantir a manutenção de seus empregos e renda, em caso de ser decretado isolamento total no País. “Essas ações permitirão que o Estado tenha capacidade financeira para garantir às trabalhadoras e aos trabalhadores brasileiros a proteção necessária nesse momento: (1) proteção ao emprego, com estabilidade; (2) proteção à renda, com garantia e ampliação dos programas existentes na seguridade social e outros mais que se fizerem necessários; (3) proteção à saúde, com segurança alimentar e medidas de combate ao contágio dos trabalhadores e trabalhadoras, formais e informais, com medidas específicas para os mais afetados: saúde, transporte, segurança pública e educação”, diz o texto.

Em meio à pandemia e ao caos generalizado nas bolsas e valores, a gestão  Bolsonaro e Guedes segue enfatizando a necessidade de mais reformas, novos cortes de investimentos públicos e desviando a atenção do real problema. Na prática, quer seguir tocando em frente seu projeto privatista e entreguista, retirando direitos, precarizando ainda mais as condições de trabalho e sem conter o desemprego, pois as empresas continuarão a demitir para contratar pagando menos e com menos direitos.

Para a CONDSEF/FENADSEF, medidas como a proposta de Reforma Administrativa não combatem privilégios, pois quem vai ter o salário reduzido, não são os parlamentares, a alta cúpula do Judiciário ou das Forças Armadas, mas sim os servidores que atendem a população trabalhadora.

(com informações da CUT e CONDSEF/FENADSEF)

Toque aqui para ver a Nota das Centrais na íntegra