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Grevistas da Cultura protestam no RJ, durante reinauguração do Palácio Capanema

21/05/20245 – O SINTSEF-BA participou ontem, ao lado de um representante da base do IPHAN-BA, de um grande ato público dos grevistas do Ministério da Cultura em frente ao Palácio Capanema, no Rio de Janeiro. Uma cerimônia que contou com participação de artistas e autoridades, incluindo o Presidente da República, a Ministra da Cultura Margareth Menezes e o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Leandro Grass, marcou o encerramento das obras de restauro do edifício, que é um dos ícones da arquitetura moderna brasileira. Na ocasião, os manifestantes entregaram ao Presidente Lula a pauta de reivindicações do setor.

Enquanto, do lado de dentro, o Presidente Lula celebrava, com razão, o papel da cultura no crescimento econômico, na geração de empregos, oportunidades e renda para milhões de trabalhadoras e trabalhadores, além da tradução da alma e formação da identidade de um povo, do lado de fora o cenário era bem diferente. A manifestação dos grevistas, com representação de diversos estados brasileiros, lembrava à população os velhos problemas enfrentados por trabalhadores e trabalhadoras do setor e que levaram a uma greve nacional, iniciada no último dia 29 de abril.

“Como denunciamos numa carta aberta à sociedade, os servidores (as) da Cultura hoje têm um dos salários mais baixos do Executivo. Sofremos com estrutura deficitária de trabalho (física e tecnológica), insuficiência de servidores, alta evasão do corpo funcional, que migra para outros setores mais atrativos do serviço público “, afirmou Patrick Nunes, arquiteto e representante dos grevistas do IPHAN-BA na manifestação.

Dos 40 anos de existência do Ministério da Cultura, metade deles foi dedicada à luta pelo estabelecimento de um plano de carreira. São 20 anos de acordos não cumpridos e de falta de reconhecimento por parte de diferentes governos. “A grande adesão à greve, que já chega a 22 estados e o Distrito Federal, não surpreende”, observa Leonardo Oliveira, Coordenador de Políticas Públicas do SINTSEF-BA, que tem acompanhado o movimento na Bahia e também esteve presente no ato público. Para ele, a força da mobilização é “uma tentativa de fazer esse quadro mudar, agora que o Brasil, após um período sombrio, tem de volta um governo popular e democrático, que não despreza abertamente a Cultura e os artistas”. Para saber mais sobre a atual situação de precariedade enfrentada pelos/as trabalhadores/as do IPHAN na Bahia e os riscos que isso representa para o patrimônio cultural do estado, clique no link https://sintsef.org.br/wp-content/uploads/2025/05/CARTA-ABERTA-DOS-SERVIDORES-DO-IPHAN-BA.pdf e leia a carta à sociedade divulgada pela categoria, disponibilizada em nosso site. Veja, em nossa galeria, mais imagens e vídeos da manifestação.

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