20/08/2020 – O SINTSEF-BA é solidário à greve e à luta dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), os Correios, iniciada nacionalmente no último dia 17. Eles protestam contra mudanças no Acordo Coletivo e desmonte da empresa, que é um dos alvos da agenda anacrônica e privatista de Paulo Guedes e do governo Bolsonaro. A favor dos interesses do capital financeiro, o governo vai destruindo não apenas os Correios, mas as empresas públicas que, nem faz muito tempo, eram pujantes e prestavam (e ainda prestam, mesmo com severas limitações) serviços relevantes à população.
O “modus operandi” é o mesmo com a Petrobrás, Correios, Conab, Valec, bancos públicos, entre outras. Corta investimentos, ataca direitos, não realiza concursos e/ou terceiriza a mão-de-obra comprometendo a atuação e o papel social desempenhado por elas. Com a pandemia do Covid-19, a situação piorou significativamente, e os empregados agora somam a negligência com a saúde e a vida ao seu rol de denúncias.
Essa ampla e articulada campanha contra o serviço público e seus trabalhadores, que primeiro destrói para poder justificar a privatização na sequência, é um enorme retrocesso. A aprovação de reformas, como a da Previdência, Trabalhista e agora, prestes a entrar em pauta, a Administrativa, só favorecem os donos do dinheiro, pois quase sempre aprofundam o sucateamento do setor público. A privatização tampouco é uma solução: quase sempre leva ao aumento no preço dos serviços prestados e na piora do atendimento à população (e ainda exclui os que não podem pagar).
A Internacional de Serviços Públicos, federação global a que a CONDSEF/FENADSEF é filiada, tem alertado para a formação de conglomerados transnacionais capazes de dirigir o mercado de contratação de mão de obra, por exemplo, depreciando substancialmente os valores pagos aos profissionais e condicionando a uma lógica de trabalho opressiva, com redução da infraestrutura e um comprometimento dos serviços prestados.
(Com informações da ISP e CNTS)