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Debate aponta desafios e oportunidades para mulheres diante dos avanços da IA

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22/05/2025 – O SINTSEF-BA participou nesta quarta-feira, 21, em Salvador, de um debate com o tema “Impactos da inteligência artificial no ambiente do trabalho – oportunidades e desafios para as mulheres”. Realizado pela Secretaria de Mulheres da CUT-BA, o evento promoveu uma discussão a partir da palestra de Bárbara Coelho, professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e diretora do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (APUB Sindicato).

A inteligência artificial (IA) tem revolucionado a sociedade em diversos aspectos, introduzindo mudanças significativas nas formas de trabalho e comunicação, que impactam diretamente a estrutura e a dinâmica das relações sociais. Esses avanços oferecem inúmeras oportunidades, mas também apresentam desafios importantes, especialmente no que diz respeito à equidade social e à inclusão de gênero.

Uma pesquisa recente, conduzida em parceria pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), vinculada à ONU, mostrou que cerca de uma em cada quatro pessoas no mundo ocupa hoje um cargo com exposição à IA – ou seja, com potencial de ter tarefas desempenhadas por essas tecnologias. A disparidade de gênero, porém, é notável: empregos femininos com alto risco de substituição somam 9,6% do total, enquanto entre os homens esse percentual cai para 3,5%.

Além de ganharem menos que os homens, as mulheres gastam mais tempo em trabalhos não remunerados de cuidado infantil e de idosos, ocupam menos posições de liderança e estão sub-representadas nos campos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. O advento da IA traz novos desafios e oportunidades nesse cenário complexo, pois tem o potencial de afetar ainda esse cenário. Sem intervenções adequadas, pode perpetuar ou até agravar as disparidades de gênero.

Para a professora Bárbara, o caminho para inclusão da mulher na área IA passa pela requalificação e capacitação feminina em ciência, tecnologia e engenharia, na promoção de políticas de valorização de gênero em áreas de lideranças.

Ao destacar a urgência de debates como esse, Lucinha Felix, Coordenadora de Saúde do Trabalhador do SINTSEF-BA, concordou com a palestrante a respeito do papel decisivo que os sindicatos, centrais sindicais e outras organizações que defendem os interesses da classe trabalhadora terão na construção de um futuro do trabalho mais equilibrado diante do avanço da IA.  “Por isso é tão importante continuarmos envolvidas no diálogo com a juventude, nos processos formativos e, sobretudo, na luta pela criação de mais políticas públicas que reduzam a desigualdade de gênero na sociedade”, concluiu. (com informações do IPEA e Fast Company Brasil)

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