05/01/2020 – A CONDSEF/FENADSEF participa de reunião ampliada com centrais sindicais convocada pelo FONASEFE para essa terça-feira, 5. A primeira semana do ano começa com a retomada do diálogo entre representantes de toda classe trabalhadora com objetivo de fortalecer a unidade para barrar ataques ao setor público, defender um plano de vacinação em massa da população brasileira via SUS e a continuidade do auxílio emergencial.
O apoio das centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) é fundamental para barrar o projeto de lei da Reforma Administrativa, PEC 32/2020, que já tramita no Congresso Nacional e pode destruir o serviço público.
Assim como à época das catastróficas Reforma da Previdência e a Trabalhista, a mídia tradicional e outros grupos econômicos jogam a favor do governo e pressionam pela aprovação, mesmo alertados de que os principais interessados (os trabalhadores e suas entidades representativas) não foram ouvidos.
O SINTSEF-BA já alertou que a Reforma afetará todos os servidores e não somente os novos, como querem que pensemos. Pode extinguir carreiras, baixar salários iniciais e ampliar a terceirização, o que implica em destruir o Estado favorecendo o setor privado. Esta é uma reforma profunda do papel do Estado, que facilita a privatização e só favorece os interesses do capital especulativo que financia o projeto bolsonarista.
Uma das tarefas centrais para interromper esse projeto de destruição do setor público será buscar a ampliação do diálogo dos servidores com a sociedade. Uma campanha promovida pela CUT e apoiada também pela CONDSEF/FENADSEF e suas entidades filiadas visa superar a narrativa do ‘servidor privilegiado’. “Para frear essa política ultraneoliberal que destrói direitos e ameaça a soberania nacional precisamos da unidade de toda a população que também e, principalmente, será diretamente afetada pelo fim do acesso a serviços essenciais”, destaca Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação. “2021 será crucial para todos nós nessa tarefa”, reforçou.
O governo mal consegue tapar o sol com a peneira para esconder os rombos da crise, e o orçamento 2021 deve retirar do Sistema Único de Saúde mais de R$35 bilhões em investimentos; soma-se a isso o fato de o governo Bolsonaro não ter apresentado qualquer plano sólido para vacinação em massa da população brasileira. Enquanto Jair Bolsonaro passou o primeiro dia do ano mergulhado em prioridades que divergem das preocupações da maioria da população, em diversos países no mundo o processo de imunização contra a Covid-19 já começou. Por aqui, nem sequer as seringas que seriam necessárias para esse objetivo estão garantidas.
(com informações da CONDSEF/FENADSEF)