30/09/2019 – Trabalhadores do Ministério da Saúde (MS) descentralizados para a Secretaria de Saúde do Estado ou para o município de Salvador e região metropolitana voltaram a se reunir em assembleia nesta segunda-feira, 30, em Salvador, na sede do sindicato. A assembleia foi convocada em conjunto com o SINDIFUNSEB (Sindicato dos Servidores da Fundação Nacional da Saúde Estado Bahia) e AACES (Associação dos Agentes de Saúde de Salvador).
Depois de buscarem reuniões com a Gestão Administrativa do Ministério da Saúde na Bahia e com gestores da Secretaria de Saúde do município, a ação conjunta das entidades foi decisiva para barrar temporariamente a ideia de implantação de um sistema de ponto biométrico para a categoria. Os representantes dos trabalhadores conseguiram demonstrar que, em se tratando de um trabalho itinerante, descentralizado, havia um equívoco grande em aplicar a esses trabalhadores o mesmo referencial do regime administrativo.
“Diante da realidade das condições geográficas e topográficas do serviço prestado, que não é fixo, distante das sedes, é humanamente impossível trabalhar sob essa logística”, observou Antonio “Capila” Sobrinho, Coordenador de Políticas Sindicais do SINTSEF-BA. Ele explicou que por conta dessas especificidades, o controle de ponto e frequência é feito de outra maneira, através de uma equipe de inspetores de área e de um chefe imediato, que faz a supervisão.
A unidade na luta foi fundamental para reverter essa disposição dos gestores municipais. A proposta dos trabalhadores foi no sentido de equiparar o tratamento dos cedidos e descentralizados do MS ao dos Agentes de Endemias municipais (que também são supervisionados e assinam o ponto manualmente em seus locais de trabalho). Pelo menos até que a gestão crie condições tecnológicas de instaurar o controle de ponto móvel (georreferencial), que já está em fase de estudos, capaz de ir até o local onde os servidores atuam e não o contrário.
Diante do resultado bem-sucedido, as entidades pretendem seguir trabalhando juntas, superando suas divergências ideológicas para avançarem no diálogo com a Gestão em novas reuniões, com o intuito de pautar as dificuldades do trabalho desenvolvido pela categoria, além das demandas dos servidores, e assim evitar o surgimento de novas decisões unilaterais, como essa do ponto.