Em situações de emergência e calamidade pública como a atual, as mulheres em situação de vulnerabilidade são ainda mais afetadas por problemas que já enfrentam cotidianamente, como a violência doméstica.
Não por acaso, organizações que se dedicam a questões de gênero, como a ONU MULHERES, alertam para o aumento no mundo da violência e abuso contra a mulher, em função da pressão econômica e social, inerentes ao isolamento diante da pandemia da COVID-19.
Contribuem para esse aumento: maior exposição aos agressores em casa, agravamento de situações de vulnerabilidade econômica e de desemprego; miséria, fome, alcoolismo, drogas, tensão social, machismo.
Não podemos banalizar a violência. Ela nunca é normal, nunca é aceitável, nunca é justificável. O corpo e a mente da outra pessoa são sagrados. Conviver é respeitar, acolher, dialogar, jamais humilhar ou ferir, agredir ou oprimir.
Como poderemos apoiar políticas de justiça e igualdade se não conseguirmos exercitar uma coexistência doméstica, com homens que internalizem o respeito, o humanismo, a igualdade? Enquanto não combatermos, denunciarmos e nos indignarmos fortemente com a violência doméstica, não poderá haver esperança de superarmos o fascismo, o feminicídio, o genocídio étnico.
Como poderemos apoiar políticas de justiça e igualdade se não conseguirmos exercitar uma coexistência doméstica, com homens que internalizem o respeito, o humanismo, a igualdade? Enquanto não combatermos, denunciarmos e nos indignarmos fortemente com a violência doméstica, não poderá haver esperança de superarmos o fascismo, o feminicídio, o genocídio étnico.
Não se cale, nem se omita. Denuncie as situações de violência. Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher/ 190: Polícia / 193: Bombeiros. Sua solidariedade e empatia podem salvar vidas neste momento.