Foto: Reprodução/Brasil de Fato
23/08/2023 – Uma semana após a liderança do Quilombo Pitanga dos Palmares, Maria Bernadete Pacífico, ser executada a tiros dentro de casa, no terreiro Ilê Axé Kalé Bokum, na região metropolitana de Salvador (BA), movimentos negros promovem uma Jornada Nacional Contra a Violência e o extermínio sistemático da população negra no Brasil. Os atos serão realizados simultaneamente em diversas capitais nesta quinta-feira, 24, a partir das 10h. Em Salvador, o local escolhido foi o Largo do Bonfim, na Cidade Baixa.
Os manifestantes querem ações efetivas que interrompam os recorrentes ciclos de mortes violentas que atentam contra a própria existência dessa população, como as resultantes de ações policiais. Apenas recentemente, em três semanas, operações policiais da PM de SP, RJ e Bahia mataram 60 pessoas. “A violência no país, e, principalmente na Bahia, só atinge corpos negros, tem como alvo principal as crianças, os jovens e as mulheres negras. A forma cruel como Mãe Bernadete foi assassinada mostra como as agressões contra as mulheres negras são mais brutais, como a violência racial, religiosa, patrimonial, objetifica nossos corpos”, afirmou em nota a Rede de Mulheres Negras da Bahia.
A CONDSEF/FENADSEF é solidária às reivindicações pelo fim da violência policial e do racismo que tenta exterminar a população negra e indígena do nosso país. Por isso, convoca suas entidades filiadas a engrossarem a luta dessas comunidades, que vem de um processo crescente de mobilização e organização, com uma pauta norteada pela efetivação dos seus direitos, com ênfase no direito à terra.
Nas atividades que promove, a Secretaria de Gênero, Raça, Juventude e Orientação Sexual da CONDSEF/FENADSEF, procura fazer uma leitura crítica do racismo genocida vigente no Brasil, vinculando o desprezo pela cultura negra à nossa tradição colonialista, escravista e patriarcal. “Essa herança histórica não pode ser dissociada do combate ao racismo, à violência de gênero, à homofobia e tantos outros focos de intolerância e desigualdade que enfrentamos ainda hoje no Brasil”, afirma Erilza Galvão, dirigente responsável pela pasta.
Especialistas, como a pesquisadora e doutora em Antropologia pela UnB Bárbara Oliveira Souza, lembram que o poder colonial abarcou quase quatro séculos da história do país. Após a abolição formal da escravidão (Lei Áurea nº 3.353, de 13 de maio de 1888), levou-se cem anos para que fossem reconhecidos os direitos às terras aos descendentes dos antigos quilombos, através do Art. 68 do ADCT, incluído na Constituição Federal de 1988. “Hoje, após mais de três décadas de vigência do Artigo 68, pouco mais de duzentas comunidades tiveram seus territórios reconhecidos. São cerca de 6 mil comunidades quilombolas no Brasil (Conaq, 2021), das quais mais de 3 mil são certificadas pela Fundação Cultural Palmares”, ela explica.
Ao lamentar a morte da ialorixá, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, não hesitou em assumir a sua própria responsabilidade, em nome do Estado brasileiro, por falhar na proteção da vida de lideranças como ela. “O dever do Estado agora, em um governo de esquerda, é aperfeiçoar os mecanismos de proteção aos defensores de direitos humanos. Nós não podemos aceitar o absurdo desse que aconteceu com Bernadete”, declarou.
Comunidades quilombolas, assim como as indígenas, são alvos frequentes de ataques aos seus direitos porque estão historicamente submetidas a um processo de tentativas de desapropriação de seus territórios. Os protagonistas desse itinerário de violências costumam ser agentes ligados ao agronegócio e outros setores do poder econômico (ou, na precisa descrição do professor Fábio Konder Comparato, “o fruto podre do capitalismo excludente e do racismo genocida, implantados aqui desde o início do processo colonizador”).
Bom dia gostaria de saber como estar o andamento do processo dos 28, por favor me informe?
Bom dia Sr. Vitorino.
Acesse o site do TRF1 e consulte pelo CPF
(site Sintsef-BA)20/08/2023- Como vem fazendo sistematicamente ao longo do último ano, o SINTSEF-BA anuncia mais um lote de Requisições de Pequeno Valor (RPVs) e precatórios relativos à ação nº 0003745-42.1999.4.01.3400 dos 28,86%. Em virtude do crescente risco de golpes e fraudes virtuais, desta vez o sindicato optou por não divulgar a lista de beneficiados.
Os integrantes da ação podem verificar pela internet se o seu pagamento foi disponibilizado. Aqueles que irão receber via RPV já estão com os valores disponíveis para saque imediato. Para confirmação e informações sobre a entidade bancária em que se encontra o crédito, basta acessar o site https://processual.trf1.jus.br/consultaProcessual/numeroProcesso.php?secao=TRF1&enviar=ok e consultar, no menu ao lado esquerdo da tela, através do CPF.
Quem tiver o seu requisitório lançado no grupo “Precatório” terá o seu valor disponibilizado para saque somente no ano de 2025, após o protocolo no Tribunal. Como esse protocolo não depende do sindicato, não há como prever a data exata em que isso ocorrerá..