07/10/2021 – O SINTSEF-BA participou nesta terça-feira, 05, em Salvador, de um encontro de sindicalistas com Sérgio Nobre, presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT). A atividade teve como meta reforçar o diálogo com as forças democráticas para defender os direitos da classe trabalhadora que vêm sendo sistematicamente atacados pelo governo Bolsonaro.
Reformas como a trabalhista e a previdenciária, o teto de gastos e outras mudanças na legislação fragilizam a democracia, prejudicam e precarizam a vida dos trabalhadores(as). “Desde o golpe de 2016 enfrentamos o avanço do projeto de desmontar as conquistas sociais e econômicas promovidas pelos governos Lula e Dilma”, observou Celso Fernandes, Coordenador de Comunicação e Imprensa do SINTSEF-BA. Para ele, as forças retrógradas que tomaram de assalto o Estado brasileiro o fazem à luz do dia, com o apoio da maioria do Congresso Nacional, da grande imprensa e a leniência do Poder Judiciário. A consequência mais trágica e evidente desse processo é o aprofundamento da exclusão social, com o retorno da fome e da miséria ao cotidiano das famílias brasileiras.
“O movimento sindical cumpriu seu papel: organizou-se, denunciou as máscaras e mentiras por trás das reformas, buscou o diálogo com forças progressistas para alertar a sociedade, foi às ruas em diversos atos e protestos. Mas a mobilização não encontrou o apoio necessário para barrar todo esse processo destrutivo que culminou com a eleição de Bolsonaro e o empoderamento daquilo que há de pior na política brasileira”, destacou Pedro Moreira, Coordenador Geral do SINTSEF-BA.
Agora lidamos com um país abandonado e afundando mais a cada dia, além de um governo encurralado pela baixa popularidade, pelas denúncias de corrupção e negligência no trato com milhares de vidas humanas durante a pandemia. Nada disso, contudo, parece ser o bastante para fazer com que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), assim como o seu antecessor, Rodrigo Maia (DEM-RJ), inclua na pauta um dos diversos pedidos de impeachment do Presidente da República.
Diante dessa evidente blindagem do governo (onde a gravidade dos escândalos é proporcional à inércia das instituições) e das eleições do próximo ano, a CUT, ciente do seu papel social, tem buscado reforçar a unidade de suas entidades filiadas e reorganizar as forças progressistas para enfrentar os desafios gigantescos que se anunciam no horizonte. “Novamente será preciso buscar candidaturas comprometidas com a cidadania, a educação, a saúde, emprego, renda, a defesa do serviço público, entre outras causas urgentes, e apresentar-lhes as pautas dos trabalhadores e trabalhadoras”, destacou Edvaldo Pitanga, Coordenador Adjunto do SINTSEF-BA.
“O SINTSEF-BA está engajado nesta luta”, garantiu José Ubaldo Santana Silva, Coordenador Financeiro do sindicato, “como tem feito desde a sua fundação, há 32 anos, militando ao lado dos trabalhadores e dos movimentos sociais e populares, chamando a base para a participação política”.