21/03/2023 – O Núcleo Nordeste do SINTSEF-BA participou hoje da I Caminhada dos Povos de Terreiro de Serrinha-BA. O ato marcou a passagem de duas datas importantes celebradas no dia 21 de Março: o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé e o Dia Internacional Para a Eliminação da Discriminação Racial. “É ao mesmo tempo um dia de reconhecimento e um chamado urgente à ação”, destacou Antonio “Capila” Sobrinho, Coordenador de Políticas Sindicais do SINTSEF-BA.
As lutas contra a discriminação racial e o racismo, que estão entre as principais bandeiras do SINTSEF-BA, ganharam fôlego no Brasil após a Constituição Federal de 1988, que incluiu o crime de racismo como inafiançável e imprescritível.
O racismo continua a envenenar instituições, estruturas sociais e o cotidiano de toda a sociedade. Continua a ser um condutor de persistente desigualdade. Nenhum país está imune à intolerância nem livre do ódio.
Africanos e pessoas afrodescendentes, asiáticos, comunidades minoritárias, pessoas indígenas, migrantes, refugiados e tantos outros – todos continuam a enfrentar estigmatização, culpabilização, discriminação e violência. A ação contra Racismo nos chama a falar alto, ouvir atentamente e agir decisivamente.
Todos nós temos a responsabilidade de nos engajar em solidariedade com movimentos por igualdade e direitos humanos em todos os lugares. Devemos escutar aqueles que passam por injustiça e garantir que suas demandas e preocupações estão no centro dos esforços para desmontar estruturas discriminatórias.
Construir um futuro de justiça requer consertar um passado injusto. Justiça reparatória também é crucial para alcançar equidade racial e reparar o legado duradouro de séculos de escravidão e colonialismo. Precisamos encarar de frente nossa ferida, assumindo esse processo e nos responsabilizando em reparar socialmente todos os danos causados à população negra em nosso país.
Não silenciar a voz de homens e mulheres negras, abrir espaços em cargos de política, na mídia, nas universidades — através de políticas sociais de inclusão — e principalmente em nossas relações afetivas e sociais, são apenas algumas das coisas que podemos fazer pra sanar essa dívida e promover a equidade. (Fonte: ONU)