Condsef se juntou a CUT, outras centrais e a movimentos sociais em ato nessa quarta, 30. Mil cruzes representaram insatisfação com política econômica que impõe redução do Estado, aumenta desigualdade e extermina direitos essenciais
Condsef/Fenadsef
Centenas de servidores de vários setores, trabalhadores do campo, da cidade e representantes de movimentos sociais se reuniram na Esplanada dos Ministérios nessa quarta-feira, 30, em ato convocado pela CUT e incorporado por outras centrais sindicais. No eixo da atividade as bandeiras de destaque eram a defesa da soberania, dos direitos e empregos da população brasileira. A política econômica do governo Bolsonaro foi alvo dos protestos ao longo de todo o percurso que passou por mil cruzes instaladas bem em frente ao Ministério da Economia. As cruzes representavam a morte e extermínio de direitos da população com a perda de serviços essenciais, o ataque a servidores e a falta de investimentos públicos.
Em dez meses, a política econômica encampada por Paulo Guedes demonstra a ineficácia em reaquecer o mercado interno, o que tem promovido a manutenção de altos índices de desemprego, a concentração de renda e o agravamento da crise com o aumento assustador da desigualde social. Para piorar o quadro, o governo encara servidores como inimigos, desmonta serviços públicos essenciais a população, quer promover a privatização completa do Estado brasileiro e reduz ou mesmo acaba com políticas públicas essenciais para a recuperação da economia.
Em dez meses, a política econômica encampada por Paulo Guedes demonstra a ineficácia em reaquecer o mercado interno, o que tem promovido a manutenção de altos índices de desemprego, a concentração de renda e o agravamento da crise com o aumento assustador da desigualde social. Para piorar o quadro, o governo encara servidores como inimigos, desmonta serviços públicos essenciais a população, quer promover a privatização completa do Estado brasileiro e reduz ou mesmo acaba com políticas públicas essenciais para a recuperação da economia.
Diálogo amplo com a sociedade
Com a previsão de chegada de uma reforma Administrativa nessa quinta, 31, ao Congresso, a Condsef/Fenadsef reforça o coro de que o ataque aos serviços públicos é também um ataque à toda sociedade. A começar pela Emenda Constitucional (EC) 95/16, que congela investimentos públicos por 20 anos no Brasil. “Essa é uma equação explosiva. Não é possível assegurar um Estado de bem estar social retirando direitos e acesso da população a serviços públicos. Os reflexos da insatisfação com essa política de austeridade já começam a se fazer sentir”, comentou o secretário-geral da Confederação, Sérgio Ronaldo da Silva.
É também nessa perspectiva que servidores devem abrir um amplo diálogo nas principais cidades brasileiras. O objetivo é montar estruturas para um bate papo “cara a cara” sobre a importância dos serviços públicos e desmistificar a ideia tão propagada de que servidores são todos “privilegiados”. O também diretor da Condsef/Fenadsef, Rogério Expedito, lembrou que a reforma Administrativa que vem sendo gestada sem o devido diálogo com a categoria deve promover precarização, terceirização e abrir campo para o trabalho interminente pavimentando a privatização do setor, reflexo do que o ministro Paulo Guedes vem defendendo em diversas de suas intervenções.
Com carta branca, o ministro tem tocado a política de austeridade. Em evento recente, o presidente Jair Bolsonaro chegou a declarar que não há um “plano B” de projeto econômico em seu governo. Nas últimas semanas Bolsonaro tem enfrentado desgates em sua imagem e se envolvido em diversas polêmicas. O clima de insatisfação com a política econômica defendida por seu governo já mostra seus reflexos no Chile, no Equador e outras partes da América Latina.
Fonte: https://www.condsef.org.br/noticias/com-servicos-publicos-servidores-sob-ataque-ato-cobra-nova-politica-economica