Com manifestações realizadas em todas as capitais e em várias cidades do interior do país, o Grito dos Excluídos completou 25 anos em 2019. A mobilização nacional trouxe o lema “Esse Sistema Não Vale” e levantou bandeiras de resistência como a tragédia de Brumadinho; não a reforma da Previdência; não a reforma Trabalhista; queimadas na Amazônia; desemprego; o desmonte na participação popular nos governos com a retirada dos conselhos; violência, a corrupção na Lava Jato e Lula Livre.
O SINTSEF-BA, que tradicionalmente participa da manifestação, também levou à rua as demandas dos trabalhadores do serviço público, como a luta contra a privatização, o desmonte e o autoritarismo. Os assuntos trazidos como tema do Grito são discutidos durante todo o ano para culminar em manifestações populares pelo Brasil no Dia da Independência.
Para o Padre Zé Carlos, um dos organizadores do Grito, alguns destaques deste ano na manifestação foram o desmascaramento de Sergio Moro nas revelações do The Intercept e o despreparo para lidar com as queimadas na Amazônia. “Acreditavam que a Lava Jato era do bem, mas na verdade era uma fraude para forjar provas, principalmente contra o ex- presidente Lula. Vamos as ruas mobilizar contra isso. Também incluímos a escolha de um Ministro do Meio Ambiente que mostrou que não sabe lida com problemas que envolve a Amazônia”, explica.
A proposta do Grito surgiu no Brasil, em 1994, a partir da iniciativa da Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e movimentos sociais e o 1º Grito dos Excluídos foi realizado em setembro de 1995, levando às ruas o tema da Campanha da Fraternidade daquele ano: “A Fraternidade e os Excluídos”.
(com informações da CUT-BA e EBC)