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Roda de Conversa no SINTSEF-BA discute pautas do 08 de março

06/03/2020 – O SINTSEF-BA promoveu na manhã desta sexta-feira, em sua sede, em Salvador, uma roda de conversa para discutir as pautas do 08 de Março, Dia Internacional da Mulher. Temas como a violência e a desigualdade de gênero foram lembrados. A pauta incluiu também análise de conjuntura, a agenda de mobilização das centrais, reformas trabalhista e previdenciária e seus impactos na vida das mulheres, como a greve nacional do próximo dia 18/03 em defesa da democracia, do serviço público e dos direitos.

Apesar de, no Brasil, as mulheres terem conquistado mecanismos como a Lei 11.340/2006, conhecida como Maria da Penha, dados insistem em apontar que todos os dias, no Brasil, uma denúncia de violência contra a mulher é feita a cada sete minutos. Esse dado é mais que suficiente para nos provar que a luta contra velhos obstáculos que insistem em atormentar mulheres aqui, ou em toda parte, não pode cessar nem por um minuto.

Hoje as mulheres ainda são a minoria em cargos políticos e sofrem com a disparidade salarial, com salários que chegam a ser cerca de 60% menores que um homem que ocupa o mesmo cargo. A terceirização irrestrita e a reforma trabalhista e da previdência precarizaram ainda mais as condições do emprego. Também sabemos que as mulheres, sobretudo, as mulheres negras são as mais prejudicadas, uma vez que historicamente ocupam posições no mercado de trabalho mais degradantes.

Toda mulher e menina tem que ter direito à educação, a uma vida sem violência. Essa reivindicação deveria soar como algo antigo, mas não é assim. Os indicadores da violência apontam o lado mais extremo da desigualdade de gênero. No Brasil, uma pesquisa realizada e recentemente divulgada pelo G1, apontou que 1.314 mulheres foram vítimas de feminicídio em 2019, assassinadas pelo fato de serem mulheres – o que representa uma morte a cada 7 horas, em média..

Mas as conquistas não podem ser esquecidas. A luta das mulheres contra o machismo tem ganhado cada vez mais destaque nestas primeiras décadas do século XXI.  A despeito dos retrocessos institucionais e dos números ainda alarmantes, a mulher está cada vez mais consciente do seu papel social e firme em sua determinação de assegurar o lugar que sempre deveria ter ocupado e foi impedida pelos preconceitos masculinos.

O fato de o poder dos homens ainda continuar dando as cartas no mundo e decidindo o destino cotidiano das mulheres, é também verdade que há uma revolução em curso. Elas estão criando coragem para contar suas próprias histórias, lutar por direitos e conduzir seu próprio destino. A organização é parte fundamental nesse processo.

Por isso, entidades como o SINTSEF-BA, a CUT e a CONDSEF-FENADSEF não abrem mão dessas lutas. É preciso cada vez mais reforçar a importância da participação de todas e todos na reivindicação de políticas públicas de combate à violência de gênero e por mais igualdade de direitos entre homens e mulheres.

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