ISP defende serviços públicos mais inclusivos e acolhedores

17/10/2023 – A Internacional de Serviços Públicos (ISP) realiza até o próximo dia 18 de outubro, em Genebra (Suíça), o seu 31º Congresso Mundial.  A CONDSEF/FENADSEF, filiada à ISP, participa do evento. Na delegação, está o Secretário de Relações Internacionais da entidade, Edvaldo Pitanga, também dirigente do SINTSEF-BA.

O Congresso discute as principais lutas mundiais relacionadas aos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público. Temas como a liberdade sindical; a luta em prol dos direitos trabalhistas e contra a mercantilização e a privatização; a relação com a OIT e a UNESCO e a organização das afiliadas do setor foram pautados nas discussões.

Ao ouvir relatos de países de todas as regiões do planeta, ficou evidente que a privatização é a maior ameaça aos serviços públicos, mesmo depois da pandemia que infelizmente confirmou ao mundo a importância destes setores que sempre estiveram na linha de frente, no seu combate. Organizados em rede na ISP, os trabalhadores e trabalhadoras de diversas partes do mundo pretendem construir estratégias coletivas de enfrentamento global à terceirização e à privatização.

Outro importante campo de debates se agrupa em torno da bandeira do “Respeito e Dignidade para Todos”, relativo ao compromisso da ISP com o respeito e a dignidade para todos e todas, com o objetivo de estabelecer políticas que sejam cada vez mais inclusivas e acolhedoras. A entidade defende o reconhecimento de injustiças históricas, o fim de toda a discriminação, a tomada de medidas específicas para remediar a injustiça e a importância da mudança de poder na sociedade. Inclui novas seções sobre migrantes e refugiados, racismo e xenofobia, trabalhadores LGBTQIA+, povos indígenas e trabalhadores com deficiência. Reconhece o papel de liderança do Comité das Mulheres da ISP na integração da perspectiva de gênero e compromete-se a expandir o apoio aos jovens trabalhadores na tomada de decisões.

A ISP é uma federação sindical mundial que representa 20 milhões de trabalhadoras e trabalhadores que prestam serviços públicos essenciais em 154 países. Trabalha com o sistema das Nações Unidas e em colaboração com entidades da sociedade civil, sindicatos e outras organizações. Para a ISP, os serviços públicos de qualidade são a base tanto de sociedades livres e iguais quanto de uma forte economia moderna. A entidade internacional defende os direitos humanos, a justiça social e o acesso universal aos serviços públicos de qualidade.

A articulação do capital financeiro com os países mais poderosos interfere na estabilidade política e econômica das nações mais vulneráveis. Atacam direitos trabalhistas e sindicais, geram desigualdade econômica e tentam acabar com os direitos sociais. “Nossa principal bandeira de lutas ainda é garantir para a sociedade o acesso universal a um serviço público, gratuito e de qualidade – e isso pressupõe trabalhadores capacitados, bem remunerados e comprometidos com a sociedade”, explicou Edvaldo Pitanga. Ele também acredita que a oferta de políticas públicas deve ser defendida por todas as organizações de trabalhadores e trabalhadoras, além de democraticamente fiscalizada e controlada pelos vários segmentos da sociedade.

(Com informações da ISP)

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