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23/07/2018 - A despeito do enorme desgaste da classe política, a busca por reeleição deve envolver cerca de 90% da Câmara dos Deputados. Contrariando uma expectativa por renovação, os partidos representados na Casa projetam um índice recorde de candidatos à renovação do mandato neste ano. O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) na Câmara revela que ao menos 447 deputados – nove entre dez – estão dispostos a estender a permanência no Congresso por mais quatro anos. Outros 18 ainda não se decidiram e 48 afirmam que deixarão a Casa.
Se confirmadas as projeções dos partidos, a eleição de outubro terá o maior número de mandatários nas urnas desde a redemocratização, superando as disputas de 1998 e 2006, quando 443 e 442 deputados, respectivamente, tentaram a reeleição. A diferença é que, desta vez, as campanhas serão custeadas basicamente com recursos públicos.
Os dados precisam de atenção, pois no Brasil a Presidência da República praticamente depende do Congresso para fazer valer seus atos. Assim, quanto mais progressista for a Configuração do Congresso, maiores serão as chances de termos um país mais justo e solidário, como queremos. Mas caso não haja uma renovação no cenário que se anuncia, são enormes as chances de termos um Congresso ainda mais fisiológico e viciado nas velhas formas de fazer política do que o atual, explica Antônio Augusto Queiroz, Assessor do DIAP.
Para o DIAP, a prática política dos parlamentares acomodados em partidos de centro, centro-direita e direita, independentemente da visão ideológica do futuro presidente da República, vai continuar a mesma. Ou seja, eles vão tentar manter e até ampliar o balcão de negócios dos últimos 2 anos, tanto via partidos quanto por intermédio de bancadas informais, pelas razões a seguir.
Parlamentares mais à direita do espectro político, por seus vínculos com o mercado, tendem a apoiar mudanças com viés liberal-fiscal, direcionadas ao desmonte dos serviços públicos, ao corte de gasto público e à repulsa à criação ou majoração de tributos para os mais ricos. Num horizonte desses ganha força a agenda de privatizações, a reforma administrativa, com terceirização, redução de órgãos e pessoal, e a reforma da Previdência, com ampliação da idade e do tempo de contribuição e com redução do benefício.
Para resistir aos vícios e à agenda neoliberal, além da pressão da sociedade, é preciso a eleição de robusta bancada de centro-esquerda e esquerda, seja para dar respaldo a um governo comprometido com o interesse nacional e a proteção social, seja para fazer oposição a um governo liberal-fiscal.
“A confirmação ou não dessas tendências e riscos depende do eleitor”, afirma o analista. Só a consciência dessa possibilidade é que poderá forçar o eleitor a escolher deputados e senadores que fujam a esse padrão. Ou se renova a composição do Congresso ou as atuais práticas serão intensificadas na próxima legislatura. (Fonte: DIAP)
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